segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dicas e regras de autores consagrados

Ah, essa internet. Tanta informação. Tanta coisa interessante. O site brainpickings.org apontou para diversas dicas de escrita criadas por autores de todos os estilos.

Eu já coloquei dicas aqui no blog. Lembra?

Minhas 20 dicas para publicar seu livro:
12 dicas divertidas do Dicas Diárias de Português:
Conselhos para escritores iniciantes de autores da FLIP 2013 e os 13 conselhos de Chuck Palahniuk:
As 22 regras da Pixar para criar uma boa história:

Bem. Achei mais algumas que traduzi abaixo. 

Em 2010, inspirado pelas 10 regras de escrita de Elmore Leonard, publicadas no New York Times uma década antes, o Guardian perguntou para três dos autores mais consagrados quais seriam seus mandamentos. Seguem o que Elmore e os outros responderam:

Elmore Leonard:
01) Nunca comece o livro escrevendo sobre o tempo.
02) Evite prólogos.
03) Nunca use outro verbo além de "disse" para levar um diálogo.
04) Nunca use um advérbio para modificar o "disse".
05) Mantenha seus pontos de exclamação sob controle!
06) Nunca use as expressões "de repente" ou "all hell broke loose” (expressão em inglês que significa "o inferno está solto" ou "o caos se estabeleceu" ou, se forçar um pouco,  "as bruxas estão soltas") - nesse caso a intenção é que se explique os detalhes ao invés de simplificar a descrição da situação.
07) Use dialetos e expressões regionais moderadamente.
08) Evite a descrição detalhada de personagens.
09) O mesmo para lugares e coisas.
10) Deixe para trás as partes que os leitores tendem a pular.

Zaddie Smith:
01) Ainda enquanto criança, leia um monte de livros. Faça mais isso do que qualquer outra coisa.
02) Quando adulto, leia seu próprio trabalho como se um estranho o fizesse. Ou melhor ainda, como se um inimigo o lesse.
03) Não romantize sua vocação. Você pode escrever boas frases ou não pode. Não existe isso de "estilo de vida de escritor". Tudo o que importa é o que você deixa na página.
04) Evite suas fraquezas. Mas faça isso sem dizer a si mesmo que as coisas que você não pode fazer não valem a pena. Não mascare sua própria insegurança com desprezo.
05) Dê um bom tempo entre escrever algo e editá-lo.
06) Evite escrever em turma. A presença de outras pessoas não fará sua escrita melhor do que ela é.
07) Trabalhe em um computador desconectado da internet.
08) Proteja o tempo e o espaço que você usa para escrever. Mantenha as pessoas afastadas, mesmo que elas sejam importantes para você.
09) Não confunda honrarias com conquistas.
10) Diga a verdade mesmo através de uma cortina de fumaça. Resigne-se com a tristeza de nunca estar satisfeito.

Neil Gaiman:
01) Escreva.
02) Coloque uma palavra atrás da outra. Ache a palavra certa e a escreva.
03) Termine o que está escrevendo. Qualquer coisa que você precise fazer para terminar, termine-a.
04) Deixa-o de lado. Leia como se nunca o tivesse lido antes. Mostre-o para seus amigos que você respeita e que gostem desse tipo de texto.
05) Lembre-se: quando as pessoas te dizem que algo está errado, estão quase sempre certas. Quando dizem exatamente o que está errado e explicam como arrumar, estão quase sempre erradas.
06) Arrume. Lembre-se que, cedo ou tarde, antes que atinja a perfeição, você terá que deixá-lo, seguir em frente e escrever um novo texto. Perfeição é como tentar alcançar o horizonte. Mantenha-se em movimento.
07) Ria de suas próprias piadas.
08) A maior regra da escrita é que se você o fizer com segurança e confiança, você poderá fazer o que quiser. (Isto pode ser uma regra para a vida também. Mas é definitivamente verdadeiro para a escrita.) Então escreva sua história como ela precisa ser. Escreva com honestidade e conte-a da melhor maneira possível. Eu não tenho certeza se existem outras regras. Pelo menos nenhuma outra que seja importante.

Margaret Atwood:
01) Leve um lápis para escrever durante o voo. Canetas vazam. Mas se a ponta quebrar, você não poderá apontá-la, já que não podemos levar facas no avião (essa é antiga, hein?). Sendo assim, leve dois lápis. 
02) Se ambos os lápis quebrarem, você pode apontá-los, embora precariamente, com uma lixa de unha de metal.
03) Leve alguma coisa onde escrever. Papel é bom. Não havendo, pedaços de madeira ou o seu braço também servem.
04) Se estiver usando um computador, salve seu texto em um pen drive.
05) Faça exercícios. A dor distrai.
06) Prenda a atenção do leitor. (Funciona melhor quando você consegue prender a sua própria.) É como pescar com um estilingue no escuro já que você não sabe quem ele é. O que fascina o leitor A poderá fazer o leitor B dormir de tédio.
07) Você precisará de um thesaurus, um livro rudimentar de gramática e uma dose de realidade. Isso quer dizer que não existe almoço de graça. Escrever é trabalho. Também é jogar com a sorte. Você não ganha um plano de pensão ou aposentadoria. Outras pessoas podem te ajudar um pouco, mas, na essência, você estará sozinho. Ninguém está te obrigando a fazer isso, então pare de choramingar.
08) Você nunca conseguirá ler seu próprio livro com o suspense que vem com a leitura da primeira página de um livro novo, porque foi você quem escreveu. Você esteve atrás das cortinas o tempo todo. Você viu como os coelhos foram escondidos na cartola. Sendo assim, peça para um ou dois amigos lerem o texto antes de enviá-lo para alguém do editorial. Esse amigo não deverá ser alguém com quem você tenha um relacionamento romântico a não ser que queira terminá-lo.
09) Não fique sentado no meio da floresta. Se você se perdeu no enredo, ou está sem ideias, volte para quando a história começou a dar errado. E então siga por outro caminho. E/ou troque o personagem. Mude o tempo verbal. Refaça a primeira página.
10) Rezar pode ajudar. Ou ler outra coisa. Ou a constante visualização do cálice sagrado, que é a versão terminada e publicada do seu livro esplêndido.

Além destes, o brainpickings.org traz também dicas de outros autores importantes:

Kurt Vonnegut:
01) Use o tempo de um estranho de forma que ele não sinta que seu tempo foi desperdiçado.
02) Dê ao leitor ao menos um personagem por quem ele poderá torcer.
03) Todo personagem deverá querer alguma coisa, nem que seja somente um copo d´água.
04) Cada frase deverá fazer uma de duas coisas: explicar um personagem ou avançar com a trama.
05) Comece quanto mais próximo do fim for possível.
06) Seja um sádico. Não importa o quão doce e inocentes sejam seus personagens principais, faça coisas horríveis acontecerem a eles para fazer com que o leitor perceba do que são feitos.
07) Escreva para agradar somente a uma pessoa. Se você abrir uma janela e fizer amor com o mundo, sua história vai pegar pneumonia.
08) Dê aos seus leitores o máximo de informação possível o quanto antes. Ao inferno com o suspense. Os leitores deverão ter total entendimento sobre o que está acontecendo, quando e porquê, de forma que poderiam terminar a história sozinhos mesmo que as baratas comam as últimas páginas.

David Ogilvy:
A boa escrita não é um dom natural. Você tem que aprender a escrever bem. Aqui estão 10 dicas:

01) Leia o livro de Roman-Raphaelson sobre como escrever. Leia-o três vezes.
02) Escreva da forma como você fala. Naturalmente.
03) Use palavras curtas, frases curtas e parágrafos curtos.
04) Nunca use jargões como reconceituar, desmassificação, julgamentalmente. São marcas registradas de idiotas pretensiosos.
05) Nunca escreva mais de duas página sobre nenhum assunto.
06) Confira suas citações.
07) Nunca envie uma carta, ou memorando, no mesmo dia em que a escreveu. Leia em voz alta na manhã seguinte — depois edite.
08) Se é algo realmente importante, arrume um colega para sugerir melhorias.
09) Antes de enviar sua carta, ou memorando, tenha certeza que você explicou claramente o que deseja do destinatário.
10) Se quer que alguma coisa aconteça, não escreva. Vá até lá e diga à pessoa o que você quer.

Henry Miller:
01) Trabalhe em uma coisa de cada vez até terminar.
02) Não comece novos livros ou adicione material para ‘Black Spring.’ (livro do próprio Henry Miller, obviamente um desabafo.)
03) Não fique nervoso. Trabalhe com calma, com alegria e despreocupadamente.
04) Trabalhe de acordo com o cronograma e não de acordo com o humor. Pare na hora marcada!
05) Quando você não consegue criar, você consegue trabalhar.
06) Coloque um pouco de cimento a cada dia. Melhor do que gastar seu tempo testando novos fertilizantes.
07) Mantenha-se humano! Veja pessoas. Vá a lugares, Beba se sentir vontade.
08) Não seja um burocrata! Trabalhe somente com prazer.
09) Desista do cronograma quando quiser - mas volte a ele no próximo dia. Concentre-se. Restrinja. Exclua.
10) Esqueça dos livros que você quer escrever. Pense somente no livro que está escrevendo.
11) Escreva antes e sempre. Pinturas, música, amigos, cinema, tudo vem depois.

John Steinbeck:
01) Abandone a ideia de que você um dia terminará o livro. Esqueça as 400 páginas e escreva somente uma por dia.. Isso ajuda. Assim se surpreenderá quando acabar.
02) Escreva livremente e o mais rápido possível e coloque tudo no papel. Nunca corrija ou reescreva até terminar. Reescrever é normalmente uma desculpa para nunca terminar. Também interfere com a fluidez e o ritmo que só podem surgir com um tipo de associação inconsciente
03) Esqueça a plateia generalizada. Em primeiro lugar, a plateia sem nomes ou rostos te deixará apavorado. Em segundo lugar, diferentemente do teatro, esta não existe. Na literatura, sua plateia é um só leitor. Eu descobri que, as vezes, pode ajudar se escolher uma só pessoa, alguém do seu conhecimento, ou alguém imaginário, e escrever para ela.  
04) Se uma parte do texto está te dando mais trabalho do que devia, pule-a e continue. Quando terminar e voltar a ela, você poderá descobrir que o motivo de ter te dado tanto trabalho é porque não pertencia ali.
05) Cuidado com a sua parte favorita do texto. A que você gosta mais do que as outras. Normalmente descobre-se que está fora de contexto.
06) Se estiver usando diálogos - leia-os em voz alta a medida que escrevê-los. Só assim terão o som de uma fala.

Fonte:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Entrevista para o blog da Ronize Aline

A Ronize Aline é escritora, crítica literária, jornalista e professora universitária. Entre outras coisas, ela escreve resenhas de livros para o "Prosa e Verso" do Globo, prepara originais para editoras e ministra cursos e palestras nas áreas de criação literária, escrita criativa e literatura infantojuvenil. Deu para sacar que é uma workaholic, não deu? Em meio a tanto, essa moça bacana ainda arrumou um tempinho para nos entrevistar e colocou tudo em seu blog (que, aliás, é muito legal). Confira!

http://www.ronizealine.com/2013/09/casal-literario-alex-gomes-cris-alhadeff.html

Um trecho:

"Casal literário: Alex Gomes e Cris Alhadeff.

Literatura infantojuvenil é um casamento perfeito entre texto e imagem. A autoria é dividida entre o autor do texto e o ilustrador, que é o autor das imagens que contam a história junto com o texto. E quando essa parceria extrapola os limites da literatura e adentra o universo pessoal podemos dizer que há um casamento mais do que perfeito? Vamos saber como é esse casamento entre escritor e ilustradora conversando com o casal literário Alex Gomes e Cris Alhadeff."

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FELISB 2013

Em menos de uma semana estarei em São Bernardo do Campo (SP) para alguns encontros. Segue minha agenda na FELISB. Aguardo vocês!


01/10/13
14:40 às 15:20 - Sessão de autógrafos de "Histórias a quatro patas", da Editora FTD, no Espaço FNLIJ de Leitura.

02/10/13
8:40 às 9:20 - Lançamento de "O menino que coleciona guarda-chuvas", da Editora Globo, no Espaço FNLIJ de Leitura.
10:00 às 11:20 - Bate-papo no Espaço Tatiana Belinky.
14:00 às 15:20 - Bate-papo no Espaço Monteiro Lobato.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Espaço LIJ

Vocês devem ter notado um novo link aí em cima. É o Espaço LIJ

Espaço LIJ é o nome da minha coluna no jornal digital Sobrecapa Literal. Copiei aqui as entrevistas e artigos que produzi entre julho do ano passado e março deste ano, quando o Sobrecapa era distribuído em formato tabloide. Agora estão todas juntas em um só lugar. 

Criei também o logotipo da coluna, que pode ser visto como um menino rindo com um livro na mão, com nariz para cima e um dente saliente, ou como um monstro de um chifre lendo o livro. Enxergue como quiser. Na LIJ o importante é deixar a imaginação correr solta.

Bem, passei para cá a Ilustra, o Artigo do Mês e a Entrevista Foguete. Segue a relação dos convidados e dos artigos publicados:

XVI Bienal do Livro - Rio 2013



Sandra Ronca, Cris Alhadeff e Edna Martins Cardoso.


Rafael, Leonardo, Alexandre, Michelangelo e Donatelo.


Coquetel no estande da Cortez.


Dentro do livro do Ziraldo.




Sandra Pina, Amanda Valentin, Cecilia Bassarani e Alex.


Selma Maria Kuasne, Anna Claudia Ramos e Alexandre de Castro Gomes.
 


Sandra Pina, José Xavier Cortez, Galeno Amorim, Alexandre de Castro Gomes e Amir Piedade.


Mariana Warth, Anielizabeth e Sandra Pina.


Carolina (Rovelle), Alex, Anielizabeth, Ana Botafogo e Sandra Pina.


Livro autografado para o Colégio Aldeia Mirim, de Barueri - SP.