segunda-feira, 30 de julho de 2012

Programa Mais Educação na VII Mostra Ambiental de Contagem

"O JULGAMENTO DO CHOCOLATE É O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO BRILHANDO NA FEIRA AMBIENTAL NO SESC LACES"

Esta é a chamada do blog do Programa Mais Educação (leia a apresentação abaixo). Quatro fotos de crianças encenando a história do Chocolate integram a publicação. Legal, não é? Fiquei orgulhoso.

O evento ocorreu em junho, como parte das atividades do Mais Educação durante a VII Mostra Ambiental de Contagem - MG.


Segue apresentação da Mostra Ambiental, retirada do site da prefeitura de Contagem:
VII Edição da Mostra Ambiental de Contagem - As escolas mostram o que fazem.
"Com o tema "Alimentação Saudável com Sustentabilidade", a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Seduc) pretende reforçar a Campanha Educativa Intersetorial lançada no início do ano letivo para incentivar a adoção de hábitos saudáveis de alimentação pelos alunos da rede municipal de ensino e, também, suas famílias.
O evento será entre os dias 19 e 21 de junho, no Sesc Laces Contagem/Betim, na Rua Padre José Maria de Man, 805, Novo Riacho, com um "cardápio" de atividades variadas, como oficinas, palestras, minicursos, gastronomia e arte, além de apresentação de teatro, música e contação de história."

De acordo com o blog http://emjogmaiseducacao.blogspot.com.br/, o Programa Mais Educação foi a bandeira do Governo Federal para melhorar a qualidade do ensino no Brasil, e passou a ser executado efetivamente em 2008. Este Programa visa inserir a ampliação da jornada escolar sob o ponto de vista da Educação Integral, e chegou a municípios de diversos estados brasileiros como um pacote pronto para se encaixar na realidade do município, da escola, da comunidade e dos alunos, no intuito de "sensibilizar, incentivar e apoiar, projetos ou ações de articulação de políticas sociais e implementação de ações sócio-educativas oferecidas gratuitamente a crianças, adolescentes e jovens, a partir de uma sequência de orientações do MEC."

quarta-feira, 25 de julho de 2012

25/07/12 - Ganhei um presente no dia do escritor


Para quem ainda não sabe, hoje, 25 de julho, é celebrado o Dia Nacional do Escritor.

Foi nesse dia, em 1960, que João Peregrino Jr. e Jorge Amado, então presidente e vice-presidente da UBE-RJ, promoveram o I Festival do Escritor Brasileiro, num shopping center de Copacabana. A data acabou sendo consagrada, ainda no mesmo ano, por decreto governamental, como "Dia do Escritor". 

Bem, como presente, hoje o alerta do Google me trouxe uma notícia muito bacana. A Escola Municipal de Ensino Fundamental José Leopoldo Rauber, de Santa Cruz do Sul - RS, fez um jogo de palavras cruzadas com o Condomínio dos Monstros. Eu joguei e acertei tudo. E você? Vai tentar?

http://escolarauber.com.br/rauber2012/index.php/component/content/article/77-escola/96-condominio-dos-monstros


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Então você quer escrever um romance (tradução)

Deu um certo trabalhinho, mas eu consegui transcrever e traduzir todo o diálogo do vídeo produzido pelo autor e advogado David Kazzie.

O vídeo (So you want to write a novel) é um sucesso viral no meio editorial americano. São milhares de compartilhamentos, que acabou rendendo ao seu autor a tão sonhada parceria com uma agente literária de peso. Segundo o artigo e a entrevista do Independent Publisher, já são mais de 1.2 milhões de acessos à esta animação, que faz graça com o pesadelo de todo editor.

Lembro, no entanto, que apesar de podermos comparar com o nosso mercado, ainda assim existem diferenças culturais, principalmente em relação aos agentes literários. Na literatura infantil, por exemplo, eles não são tão presentes.

Então você quer escrever um romance
(de David Kazzie)

- Vou escrever um romance.
- Pelo amor de tudo que é mais sagrado. Por quê?
- Porque eu vou me tornar um escritor.
- Eu nunca vi você demonstrar o menor interesse por livros.
- Será um best-seller.
- Agora que pensei, eu nunca vi você ler um livro.
- Isso é porque todos os romances de ficção são chatos.

- Qual foi o último livro que você leu?
- Eu vi todos os filmes do Harry Potter.
- Não é isso que eu quis dizer. Então, o seu livro é sobre o quê?
- Ficção científica misturado com romances açucarados misturado com literatura de ficção.
- Você, por acaso, sabe o que esses termos significam?
- Eu pedi demissão hoje de manhã.
- Ah, não! Por favor me diga que você não fez isso.
- Acabei de comprar um laptop novo. Um Macbook Air.

- Você já tentou ao menos escrever algo tão longo quanto um romance?
- Eu já escrevi a primeira página. Está realmente incrível. Eu planejo terminar lá para o final da semana. Você acha que consigo publicá-lo a tempo para as vendas de Natal? Precisarei do dinheiro logo.
- Hoje é dia 4 de dezembro. Provavelmente não.
- Tudo bem. Posso utilizar os limites dos meus cartões de crédito.
- Você tem noção do tempo que leva para aprimorar seu talento? São anos antes que esteja pronto para produzir um livro publicável. Isso assumindo que você passou os últimos 20 anos lendo centenas de romances.
- Eu vivo a minha vida. Não gasto meu tempo com leituras. O que pensa que sou? Um idiota?

- Uau! Então como planeja publicar seu livro?
- Enviarei uma cópia pra a editora Random House.
- Creio que meu coração parou de bater.
- Eles nunca leram nada parecido com isso. Tenho certeza que irão querer conversar comigo assim que virem meu trabalho.

- Não é bem assim que funciona. Para conseguir um acordo com uma editora grande, você precisará de um agente literário.
- Bem, isso será bem fácil. Basta eu ligar para alguns e deixar que briguem por mim.
- Eu gostaria de poder matá-lo e me livrar disso. Cada agente literário recebe em média 10 mil propostas por ano. Em um bom ano, eles devem fechar com dois novos clientes.
- De fato, acho que ligarei para eles hoje mesmo.
- Sei. Eles não recebem propostas pelo telefone. E seu livro nem está terminado.
- Mas a minha ideia é uma garantia de best-seller. Aliás, eu devo alertá-los para não roubarem minha ideia porque está registrada. Muitos agentes são fracassados que não conseguem boas propostas de livros.
- Se você fizer algo incrivelmente estúpido, como ligar para um agente, eu não aguentarei.

- Você está certa. De qualquer modo, estou realmente ocupado hoje. Vou só enviar um e-mail geral para um monte de agentes.
- Prepare-se para ficar frustrado.
- Estou pensando em só contratar um agente que me prometa um acordo com valores acima de 5 zeros.
- Você pode realmente inspirar todos os agentes de Nova Iorque à caçá-lo com forcados e queimá-lo na estaca.

- Aonde você acha que minha turnê de autógrafos começará?
- Eu acho que não estou sendo clara o suficiente. Deixa-me tentar outra abordagem. Presumo que você já tenha usado uma faca de churrasco, certo?
- É claro!
- Você acha que por isso está apto a realizar cirurgias no cérebro?
- Há! Há! Muito engraçado. Eu poderia basear um dos meus personagens em você.
- Então você acredita que ser capaz de ler e escrever em seu idioma lhe qualifica para escrever um romance?

- Quantos editores a editora Random House colocará à disposição do meu romance?
- Menos do que zero.
- Porque precisará de um tremendo trabalho de copidesque. Eu não sou bom com as palavras.
- Minha garganta está se fechando. De certa forma a indústria editorial espera que o seu texto já esteja o mais próximo do perfeito.
- Mas o talento sou eu. Para isso existem os editores.
- É por isso que você deve passar algum tempo revisando, antes que o texto veja a luz do dia. Talvez fosse bom ler um livro sobre a arte de escrever. Stephen King tem um bom, chamado 'On Writing'.
- Isso soa entediante e desnecessário.

- OK. Você está pronto para gastar centenas de horas martelando no seu laptop?
- Você acha que eles me deixarão dirigir o filme baseado no meu livro?
- Você está pronto para encontrar falhas no enredo, algumas quase impossíveis de solucionar?
- Sou um contador de histórias. Tudo vai dar certo.
- Você está pronto para descobrir que seus personagens tem tanto carisma quanto os da indústria pornográfica?
- Sou um estudioso da condição humana. Meus personagens são profundos e ricamente elaborados.
- Você sabia que os editores estão publicando menos romances do que antes?
- Ótimo! Menos competição para mim!

- Você está pronto para o caso de já ter escrito 50 páginas e de repente imaginar que poderia ter feito algo completamente diferente?
- Ei! Isso é uma boa ideia. Escreverei vários livros ao mesmo tempo. Posso maximizar meus ganhos dessa forma. Você gostaria de trabalhar como ghost writer para mim? Te darei 10%.
- Eu tenho uma arma no carro. Vou lá pegar e já volto.

domingo, 22 de julho de 2012

sábado, 21 de julho de 2012

Condomínio dos Monstros no MASPE


Recebi essas fotos da amiga Renata Holanda, que é professora, contadora de histórias e responsável pelo blog Tecer Girassóis. 

O MASPE, Museu de Arte Sacra de Pernambuco, está com uma programação educativa muito bacana que  inclui contação de histórias nos dias 13, 20 e 27 de julho, das 15-16hs. 

Ontem, no Espaço Brincante do museu, foi a vez da Renata apresentar Terezinha e Gabriela, de Ruth Rocha, e as peripécias dos moradores da Rua Mortinho da Silva, número 13. Segundo ela, as crianças riram demais com o Condomínio dos Monstros. Eu também estou rindo aqui. :-D

Ah! Rola a lenda que existe um vídeo também. Vou procurar.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

10/07 - Agenda Cultural - www.belohorizonte.mg.gov.br

Pena que só fui saber disso hoje. Anteontem, na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, foi realizado um workshop gratuito pela Cíntia Almeida, com a leitura do livro Condomínio dos Monstros e criação de um personagem para habitar um apartamento na Rua Mortinho da Silva, número 13. 

Fico imaginando as criaturas assustadoras que se mudaram para o condomínio.

Fonte:
http://www.belohorizonte.mg.gov.br/evento/2012/07/o-vizinho-monstruoso

Condomínio dos Monstros em Santana do Livramento - RS


O "grande irmão" Google me disse uma coisa hoje que alegrou a todos os moradores do Condomínio dos Monstros. Tem uma escola, lá em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, que tem uma professora, a Mari, que é muito criativa. Para vocês terem uma ideia, em maio ela vestiu-se de bruxa para contar a história desse condomínio assustador.

Os alunos leram o livro, dividiram-se em duplas, desenharam, fizeram painel e maquetes, se caracterizaram, cada dupla apresentou um dos personagens e todos escreveram muito. O resultado? Um aprendizado muito divertido e trabalhos que enchem de orgulho todos os envolvidos.

Segundo a Marlene Chagas, por cujo blog eu soube do projeto, "A leitura, a escrita, a compreensão e a interpretação são aspectos primordiais no desenvolvimento dos nossos alunos." Ela afirma, em post do último dia 28 de abril, que deve-se investir na produção textual sempre e lista uma sequência de atividades a serem seguidas (http://anotacoesdamarlene.blogspot.com.br/2012/04/investir-na-producao-textual-sempre.html).

Meus parabéns para a professora Mari e para seus alunos por realizarem um trabalho tão bonito.







segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sobrecapa Literal 17


Saiu a 17a. edição do Sobrecapa Literal! A partir desse mês, eu assino a coluna Espaço LIJ. 

Os convidados desse mês são Luiz Antonio Aguiar e Romont Willy.

Confira no link abaixo!

http://www.sobrecapaliteral.com.br/doc/SobrecapaLiteralEd17.pdf

domingo, 1 de julho de 2012

30/06/12 - Guia de Livros, Músicas e Filmes da Folha


Muito legal! Saiu ontem no Guia de Livros Músicas e Filmes da Folha.

"O MENINO QUE COLECIONA GUARDA-CHUVAS

Escrever para crianças não é tarefa fácil: deve-se procurar falar de forma simples -sem ser simplório ou simplista- e instigar pequenas mentes em ebulição. Aí reside o maior mérito de Castro Gomes. A partir da ideia de que não são necessários brinquedos sofisticados para fazer uma criança feliz, o autor conta a história do menino Chico e de sua coleção de guarda-chuvas, que acabam servindo para os propósitos os mais criativos -e não necessariamenta para evitar que alguém se molhe.

Os versos de Castro Gomes -que dialogam muito bem com as belas ilustrações de Bruna Assis Brasil- transportam o leitor para um universo lúdico que pode incentivar a criatividade infantil e enternecer corações mais velhos.

(Marcelo Rollemberg)"

Espaço LIJ - Julho de 2012

Quando recebi o convite para assinar essa coluna, logo pensei em entrevistas, resenhas de livros, lançamentos, chamadas para oficinas e coisa e tal. Mas depois veio a ideia de escrever um artigo sobre o surgimento da literatura infantil. Puxar desde lá do comecinho mesmo, quando as crianças eram criadas para serem vistas e não ouvidas. Pus as mãos à obra e juntei um monte de informações que resumi abaixo. E para começar com o pé direito, nesse mês os convidados da coluna são Romont Willy e Luiz Antônio Aguiar.

Ah! Para decorar esse espaço, peguei emprestado um logo que criei meses atrás para um outro site meu. Enquanto o projeto não sai, ficará morando por aqui.


ILUSTRA com Romont Willy

A partir desse mês, o Espaço LIJ esmiuçará uma ilustração de um artista super talentoso. Estreamos com o amigo Romont Willy, esse gênio dos pincéis de Brasília.

A ilustração é do livro A História Estranha de Eduardo Peçanha (de Gilberto Lacerda e Romont Willy, Globo – 2012).


Romont Willy é autodidata. Sua pintura vem de anos de observação e testes de materiais, não tendo, portanto, uma técnica fixa. A maioria de seus desenhos é pintada com tudo que ele encontra em sua mesa: lápis de cor, canetinhas, giz pastel, ecoline, aquarela, guache, acrílica, caneta esferográfica, corretivo para canetas, lápis dermográfico, carvão...

Romont já tinha criado as ilustrações do livro sobre as estranhas coleções do Eduardo Peçanha no Illustrator (programa vetorial), quando resolveu que ficariam melhores se pintadas à mão. Fez então os primeiros rascunhos a lápis. No decorrer da pintura testou e usou o que estava ao alcance. Neste caso, começou com uma base de aquarela e eco line  depois guache e um pouco de acrílica. Finalizou com giz pastel, lápis de cor e canetinhas. Depois do desenho pronto passou um verniz fixador. Há vezes em que, depois do verniz, ainda encontra detalhes que podem ser melhorados e conserta com tinta óleo.

Site do artista: www.romontwilly.com


O SURGIMENTO DA LIJ

Vamos pegar a cápsula do tempo e voltar algumas centenas de anos até o século XVII. Naquela época, os pequenos não tinham a saborosa liberdade que têm hoje. Era comum, por exemplo, que as crianças tomassem banho depois dos pais, usando e mesma água, já enlameada, da tina. Não havia privilégios. Logo cedo, por volta dos sete anos, eram treinadas para exercer uma profissão. Via-se um monte de meninas costurando, meninos carregando  madeira, pequenos cavalariços e cozinheiras. Se fossem da nobreza, estudavam piano, etiqueta, línguas estrangeiras e por aí vai.

Poucos sabiam ler. Livros eram raros e caros, um luxo das classes altas, e os contos de fada, oriundos da tradição oral, tinham os adultos como público-alvo. Seus personagens nem sempre terminavam felizes para sempre. Carregados de conteúdo pedagógico, com o objetivo de ensinar valores através do medo, normalmente traziam passagens horríveis para chocar e passar mensagens subliminares.

Em 1658, o educador tcheco Jan Amos Komensky (aqui Comenius) publicou aquele que é considerado o primeiro livro de imagens para crianças. Ilustrado com xilogravuras, Orbis Pictus é uma espécie de enciclopédia dividida entre os temas: natureza inanimada, botânica, zoologia, religião e humanos e suas atividades.

Em 1697 Charles Perrault publicou Contos da Mamãe Ganso, uma coletânea de 8 contos (A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique de Topete e O Pequeno Polegar), difundindo o gênero que tornou-se símbolo da LIJ.

Em 1744, na Inglaterra, John Newberry publicou A little pretty pocket-book: Intended for the Instruction and Amusement of Little Master Tommy and Pretty Miss Polly. Esse livro é considerado por muitos como o primeiro livro de literatura infantil não didático do mundo ocidental e consiste em rimas e imagens de crianças brincando de vários jogos (bolinhas de gude, críquete, baseball...). O livro era vendido junto com uma bola para os meninos e uma almofada de alfinetes para as meninas.

A LIJ chega ao Brasil no final do século XIX, com a tradução de histórias clássicas. O alemão Carlos Jansen foi o primeiro a publicar um livro para jovens por aqui: Contos seletos das mil e uma noites, em 1882, além de Robinson Crusoé, em 1885, Viagens de Gulliver, em 1888, e As aventuras do celebérrimo Barão de Münchausen, em 1891, entre outros. Coube à Alberto Figueiredo Pimentel a tradução dos primeiros contos de fadas, de Perrault, Grimm e Andersen. Em 1894 lança uma coletânea de 61 histórias: Contos da Carochinha – Contos populares morais e proveitosos de vários países, traduzidos e recolhidos diretamente da tradição local.

Em 1904, Olavo Bilac publica Poesias Infantis, com poemas sobre borboletas, estrelas, avó... E em uma guerra particular contra os contos de fadas, adverte as pessoas a respeito de “histórias maravilhosas e tolas que desenvolvem a credulidade das crianças, fazendo-as ter medo das coisas que não existem”.

Monteiro Lobato não deve ter concordado com ele. Tanto que criou um rico universo povoado por sacis e outros seres do folclore nacional, transformando-se assim em uma espécie de irmão Grimm brazuca. Porém, ao contrário dos alemães, mesclava as criaturas de crendices populares com personagens criados em sua própria imaginação.

Na época, o criador da boneca Emília classificou nossa literatura infantil como “pobríssima de arte”. Eram tempos de nacionalismo exacerbado. O Brasil era uma república muito jovem e nossa literatura escolar preocupava-se em glorificar a pátria e não em contar histórias para crianças.

Apesar de muitos reconhecerem Monteiro Lobato como o primeiro autor de histórias infantojuvenis brasileiro (com A Menina do Narizinho Arrebitado, de 1920), nosso primeiro livro de LIJ é A Filha da Floresta, editado pelo Jornal de Piracicaba em 1919. O autor, Thales Castanho de Andrade, publicou depois o juvenil Saudade, talvez um dos livros mais adotados por escolas no país.

De qualquer forma é Monteiro Lobato quem arrebata os corações infantis na primeira metade do século XX. Até hoje, as histórias desse paulista de Taubaté encantam crianças e adultos.


            


ENTREVISTA FOGUETE com Luiz Antônio Aguiar


Quantos livros até agora?
Em torno de 150.

Três livros seus para quem não lhe conhece?
Soneto nas trevas (Edelbra 2011);
O maior mágico do mundo (Biruta 2012); e
Sonhos em amarelo (Melhoramentos 2007).

O que você encontrou na literatura infantil e juvenil, que você não esperava encontrar quando começou?
Eu encontrei um contato direto com o leitor. Porque não somos só escritores, somos mambembes. Visitamos escolas e eventos literários e isso acrescentou uma dimensão diferente, de diálogo. É importante ver a cara da criançada.

Em uma frase, qual a importância dos Direitos Autorais?
Sobrevivência da minha arte e do meu ofício.

Site do escritor: www.luizantonioaguiar.com.br

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Este Espaço LIJ foi publicado em seção própria no jornal digital Sobrecapa Literal nº 17Acesse www.sobrecapaliteral.com.br para fazer o download da publicação inteira em formato tabloide.