Alexandre de Castro Gomes é carioca, mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UERJ), especialista em Literatura Infantil e Juvenil (UCAM), professor de história da literatura infantil e juvenil brasileira, ex-presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) e autor de dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior. Seu primeiro livro, O julgamento do Chocolate, foi lançado em 2008.
Alexandre teve títulos selecionados para programas de compras de governos, foi convidado para as maiores feiras de livros do país e recebeu diversos prêmios por suas publicações. Entre as distinções que suas obras já receberam, estão os Selos Cátedra 10, pela Cátedra de Leitura UNESCO da PUC-Rio, o Altamente Recomendável pela FNLIJ, o Prêmio Cidade de Manaus de Teatro Infantil, o Selo da Lagarta da AEILIJ, como finalista de melhor Texto de Literatura Infantil, além de outras premiações e citações em listas de excelência como as do Prêmio Internacional da Fundación Cuatrogatos e dos Prêmios Literários da Biblioteca Nacional.
Autor de Condomínio dos Monstros, Quem matou o Saci? e O livro que lê gente, Alexandre é reconhecido pelo seu trabalho com monstros e com o folclore nacional. Não a toa, monstros foi o tema da sua dissertação de mestrado.
O autor viaja o Brasil com palestras e oficinas literárias, dá aulas em cursos de pós-graduação e mantém um site no endereço www.alexandredecastrogomes.com.
Organizador de antologias e editor:
Alexandre foi o organizador dos livros Filhos de peixe (Editora Mar de Ideias), com contos de filhos e netos de autores de literatura infantil e juvenil, Trem de histórias (Editora Caki Books), com textos e imagens de autores associados da AEILIJ, Origens (Editora do Brasil), que revela as raízes familiares de cinco autores de LIJ brasileiros, e Literatura infantil e juvenil: aprendizagem e criação (Semente Editorial), que organizou em parceria com a professora Cintia Barreto, e que traz artigos que visam informar professores e amantes da LIJ.
Foi dele também a organização e todo o trabalho de edição dos nove primeiros Anuários da AEILIJ, além da edição dos livros digitais Histórias no prato (de autores da AEILIJ - ISSUU) e Poema do amor inexistente (Mânia Donato - Amazon).
Prêmios e Distinções:
Em 2011, Alexandre ganhou o 1º lugar, na categoria para leitores fluentes e críticos, do Prêmio Nacional de Literatura Infantojuvenil de Ponta Grossa, com o texto O Tesouro do Lagarto de Fogo. Seu texto teatral Par de meias recebeu o Prêmio Cidade de Manaus de Teatro Infantil em 2014. Em 2016, sua obra O livro que lê gente recebeu o Selo de Distinção Cátedra 10 (Excelência em LIJ) pela Cátedra UNESCO de Leitura da PUC-Rio, como um dos melhores livros de 2016. No ano seguinte teve o livro La pelota o la niña recomendado no catálogo do Prêmio Internacional da Fundación Cuatrogatos. Ainda em 2017, sua obra Quem matou o Saci? recebeu o Selo de Seleção Cátedra 10, também pela Cátedra UNESCO de Leitura da PUC-Rio. Em 2018, o livro Os 12 trabalhos de Severino ganhou o terceiro lugar na categoria juvenil dos Prêmios Literários da Biblioteca Nacional. Em 2019, o livro Origens recebeu o Selo de Seleção Cátedra 10. Em 2020, o livro Deu limerique na casa do bicho foi um dos cinco finalistas do Prêmio AEILIJ de Melhor Texto Infantil, recebendo por isso o selo verde da lagarta. Em 2020, os livros Origens e Bichos de sombras foram selecionados para representar a LIJ brasileira no Catálogo da FNLIJ para a Feira de Bolonha. Origens recebeu o selo Altamente Recomendável pela FNLIJ no mesmo ano. Em 2022, a obra É porco? criada em parceria com Jean-Claude Alphen, recebeu o Selo de Seleção Cátedra 10, pela Cátedra UNESCO de Leitura da PUC-Rio. Ainda em 2022, É porco? recebeu o Selo Altamente Recomendável, pela FNLIJ.
O autor teve ainda livros relacionados em listas de excelência, como são os casos de, entre outros, O livro que lê gente, considerado pela Leiturinha o primeiro entre os 15 melhores livros do ano de 2016 e Acervo Básico FNLIJ 2017, e Encontros folclóricos de Benito Folgaça, que também recebeu o Acervo Básico FNLIJ 2016.
Alguns dos seus títulos foram selecionados para os programas PNAIC, PNBE, PNLD Literário, Minha Biblioteca de São Paulo, Minha Primeira Biblioteca do Rio de Janeiro, Mais Cultura de Fortaleza, Ler e Escrever da FDE-SP e similares.
Como convidado:
Mediou mesas de discussões e participou, como convidado, das maiores festas literárias do Brasil. Esteve na FLIP/Flipinha, Jornada Literária de Passo Fundo, Bienal do Livro de São Paulo, Bienal do Ceará, Feira do Livro de Porto Alegre, Fliporto, FLUPP, LER/Salão Carioca do Livro, Feira do Livro de Caxias do Sul, Festival Itinerante de Brasília, Salão FNLIJ para crianças e jovens, Primaverinha do Livro da LIBRE, entre outras. Em 2019, foi convidado para ser o patrono da 15ª Feira Literária de Nova Hartz-RS. Em 2020, foi convidado para abrir a I Jornada de Letras da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros), com a conferência Monstros na literatura infantil: monstros e folclore na obra de Alexandre de Castro Gomes. Em 2022, foi o autor adotado e homenageado na tradicional feira da E. M. Maria Salete, de Ubatuba.
Participou também de vários programas de incentivo à leitura: Paixão de Ler da Prefeitura do Rio de Janeiro, Literatura Viva do SESI-SP, Adote um Escritor da Prefeitura de Porto Alegre, Autor no Palco da Câmara Rio-Grandense do Livro, Passaporte da Leitura da Prefeitura de Caxias o Sul, Caixa de Cultura do SESI-SP, Fala Autor do SESC-RJ, D!scussões e Blitz Literária da AEILIJ...
Através da AEILIJ:
Alexandre foi presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ), a mais importante entidade nacional de autores de LIJ, eleito e reeleito para os períodos 2015-2017 e 2017-2019.
Alex idealizou, organizou e foi curador da Blitz Literária, atividade que levou 30 autores de LIJ para escolas públicas municipais e bibliotecas escolares municipais do Rio de Janeiro entre os dias 18 e 20 de abril de 2016. A Blitz foi uma parceria da AEILIJ com a SME-RJ. Em 2018, em outra parceria com a SME-RJ, levou 10 autores para as CREs, durante a primeira FLIRME (Festival Literário da Rede Municipal de Ensino). Três anos antes, em 2015, em parceria com a editora Melhoramentos, levou 11 autores para uma tarde de literatura, durante o evento Armação Literária de Búzios.
Ainda pela associação, entre outras realizações, liderou a montagem de duas exposições de ilustrações e de dezenove mesas de discussões e debates, formou parcerias com entidades do livro e da leitura, promoveu campanhas em redes sociais, criou site, blog e páginas no Youtube e no Facebook, viajou para Brasília, onde brigou pelos direitos autorais em reunião com o MinC e idealizou e criou os Prêmios AEILIJ.
Seu mandato se caracterizou pelo registro e organização de informações, modernização do meio digital e estatuto, possibilitando a inscrição em editais e a formação de novas parcerias, e defesa enfática de causas ligadas à leitura literária.
Outros trabalhos:
Entre 2012 e 2013, o autor criou e manteve a coluna Espaço LIJ, publicada na revista digital Sobrecapa Literal, onde entrevistou escritores e apresentou o trabalho de ilustradores de literatura infantil.
Projetou e programou o site eraumavez.com.br (ativo entre 2006 e 2010), para ajudar novos autores de literatura infantil e juvenil. Foi dele também a produção dos sites oficiais dos autores Luiz Antonio Aguiar, Anna Rennhack, Maurício Veneza, Ieda de Oliveira e Claudia Nina.
Em 18/04/2019, Alexandre organizou, com a professora Cintia Barreto e a contadora de histórias Gizele Santos, o evento Conversa Literária Edição Especial do Dia Nacional do Livro Infantil na Biblioteca Parque Estadual, que contou com um público de 600 pessoas.
Em 2020, durante a pandemia, organizou, com o autor Luiz Antonio Aguiar, dois programas de entrevistas online: Parcerias Literárias consistiu em diversas conversas com autores de LIJ no Instagram. Já o Na Linha de Frente foi uma série de encontros na plataforma Zoom, com professores e bibliotecários de várias parte do Brasil.
Obras do Autor:
Próximos lançamentos:
. Viagens de Gulliver (ELO)
. Perdidos: Aventuras na Ilha Misteriosa (Cortez)
. Beraldo Trocabê (Ciranda Cultural)
. Família Tubarônica (ELO)
. Mala de fuga (RHJ)
. Entrevistas de repente (RHJ)
. Quem comeu os meus biscoitos? (Globinho)
Livros publicados:
· Camas de gatos (Bennu - 2023 impresso / 2021 - registrado)
· 90 maluquinhos por Ziraldo (Melhoramentos - 2023)
· A coleção de chapéus fantásticos (Lê - 2022)
· O Rupestre (Globinho - 2022)
· Haicais do chefe (Editora do Brasil - 2022)
· Minha fantasma e eu (ELO - 2021)
. Do que os monstros gostam? (Cortez - 2021)
· Cadê a cor do bicho? - digital (Galerinha Record - 2021)
· Quem se sente diferente? - digital (Galerinha Record - 2021)
· A liga dos heróis inúteis (FTD - 2021)
· O livro das letras grandes e dos desenhos pequenos (Saberes e Letras/Paulinas - 2021)
· Literatura infantil e juvenil: aprendizagem e criação (Semente Ed)
· É porco? (Globinho - 2021)
· Procura-se o Curupira (Escarlate/Brinque-Book - 2021)
· Momento sideral (Mingau - 2020)
· AMONCA (Biruta - 2020)
· Memórias de um aluno totalmente dividido (Paulus - 2020)
· Origens (Editora do Brasil - 2019)
· Deu limerique na casa do bicho (Cortez - 2019)
· Bichos de sombras (Estrela Cultural - 2019)
· Tem visita no Condomínio dos Monstros (Baobá/RHJ - 2018)
· Os 12 trabalhos de Severino (SESI-SP – 2018)
· El libro que lee a personas (Octaedro – 2018)
· O porteiro do Condomínio dos Monstros (Baobá/RHJ - 2018 / 2013)
· Quem matou o Saci? (Escarlate/Brinque-Book – 2017)
· Eu sou uma lagartixa! (Editora do Brasil – 2017)
· Histórias no prato (AEILIJ – 2017) - edição e um conto na antologia
· O livro que lê gente (Cortez – 2016)
· Como pode um pinguim no Polo Norte? (Bambolê–16/CakiBooks–11)
· La pelota o la niña? (Melhoramentos - 2016)
· Filhos de peixe (Mar de Ideias – 2016) – organização
· Aniversário no cemitério (Zit – 2016 / Escrita Fina - 2013)
· Encontros folclóricos de Benito Folgaça (Editora do Brasil - 2015)
· Motim das letras (Globinho - 2014) – também em e-book
· Essas maravilhosas geringonças (Franco - 2014)
· A bola ou a menina? (Melhoramentos - 2014) – também em e-book
· Robóticos (Rovelle - 2014)
· O corvo e o dragão (Globinho – 2014) – também em e-book
· Folclore de chuteiras (Peirópolis - 2014)
· Monster’s Condo (RHJ – 2014)
· Chapa Verde (Garamond - 2013) – também em e-book
· Em cena: O julgamento do Chocolate (Baobá/RHJ – 2013)
· Histórias a quatro patas (FTD - 2012)
· O lanterna (livro em Braille, Fundação Dorina Nowill – 2012)
· O menino que coleciona guarda-chuvas (Globo Livros - 2012)
· Viagem mundial interativa (RHJ - 2012)
· O tesouro do Lagarto de Fogo (Prefeitura de Ponta Grossa – 2011)
· Trem de histórias (Caki Books – 2011) - organização e um conto
· Festa do Calendário (RHJ - 2011)
· Condomínio dos Monstros (RHJ - 2010)
· Viagem espacial interativa (RHJ - 2009)
· O julgamento do Chocolate (RHJ – 2008)
Como tudo começou:
Sempre gostei de criar histórias mas não as colocava no papel. Minhas brincadeiras com soldadinhos e carrinhos de Matchbox envolviam situações complexas e finais surpreendentes. Como toda criança, meu irmão e eu usávamos bastante a imaginação e transformávamos o corredor da casa em pradarias para nossos cavalos e as camas em montanhas intransponíveis, chegando mesmo a criar cavernas com cobertores. Qualquer embalagem de isopor servia como nave espacial com ponte de comando e sala das máquinas. Os encostos de sofás e poltronas davam ótimas pistas para os carrinhos.
Cresci, mas as histórias permaneceram. Acabei estudando Administração de Empresas e Direito. Fui professor de inglês, guia turístico, tradutor, trabalhei com administração de imóveis, em área jurídica de seguradoras e na criação e administração de sites. No meio desse percurso conheci a Cris Alhadeff e fiquei fã de seu trabalho como ilustradora. Um dia ela me apresentou um livro infantil que um amigo dela escreveu: Para Onde Vai a Escuridão Quando a Gente Acende a Luz? Achei o livro muito bacana e tive o prazer de conhecer o autor, meu amigo Paulo Borges. Ainda nessa época, assistindo a um programa de TV, vimos a história de um casal que ganhava a vida assim: ela escrevia e ele ilustrava. Eles já tinham um monte de livros publicados e foi o incentivo final que eu precisava para dar vazão àquela vontade reprimida. "Cris! Eu escrevo e você desenha. Vamos ver onde isso vai dar!"
Em 1998, escrevi minhas primeiras três histórias com o intuito de publicá-las. Na época um amigo nos apresentou a uma pessoa que estava começando uma editora e ele se interessou por elas, mas como éramos todos muito inexperientes, o negócio não foi pra frente.
Meu filho nasceu em 2002 e com ele renasceu toda a minha vontade de escrever. Criei um site para ele. Mexi em algumas histórias que já estavam prontas e inventei outras. Não tive tempo de levar tudo adiante, até porque quando o Guigo começou a nos dar uma folga, nasceu a Nina em 2004. É claro que a vontade de trabalhar com o mercado literário infantil aumentou. E muito. Mas com duas crianças pequenas em casa e contas para pagar, o tempo era escasso.
Em 2007, juntei tudo o que eu tinha escrito e selecionei três textos para tentar a sorte. Imprimi, encadernei e mandei para três editoras. Duas me responderam propondo uma coedição. Não era o que eu queria. Finalmente, em fevereiro de 2008, o Raphael, da RHJ, me ligou, disse ter gostado das histórias e que gostaria que eu publicasse meu primeiro livro com eles. No mesmo ano lançamos O Julgamento do Chocolate, com ilustrações da Conceição Bicalho. Faltava o meu trabalho com a Cris, afinal foi isso que desencadeou toda a história, e ele veio no terceiro livro: Condomínio dos Monstros (2010).
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