Apesar de não trabalhar em editora, de vez em quando aparecem em meu e-mail alguns textos para analisar. A maioria é muito ruim, embora já tenha lido ótimas histórias. Claro, não estou aqui falando de colegas escritores, mas de conhecidos e desconhecidos que não tem experiência literária. Sabe o amigo do primo? Ou aquele irmão do colega da escola que resolveu, de uma hora para a outra, começar a escrever? Normalmente esses textos vêm com um pedido para que eu apresente um editor e ajude a publicar o livro. Não é bolinho, não!
Pensando nisso, criei uma lista para ajudar esses novos autores. Seguem 20 dicas para terem seus livros publicados:
1) Leia bastante. Fique por dentro do que está acontecendo no mercado.
1) Leia bastante. Fique por dentro do que está acontecendo no mercado.
2) Tenha uma boa história. Seja criativo. Procure escrever algo diferente do que se vê por aí. Meu antigo professor dizia: "Use the 5 Ws (Who, what, where, when, and why)". Eu procuro resolver a trama na cabeça antes mesmo de colocar no papel. Outros preferem ir escrevendo para ver onde o texto pode levar. Não existe regra para isso. Enxugue os excessos. Drummond já dizia: "Escrever é cortar palavras". Ah! E se for literatura infantil, evite o uso de gírias.
3) Quando terminar de escrever, leia para si mesmo em voz alta. Corrija os erros que notar.
4) Faça uma revisão do texto. Utilize um corretor gramatical.
14) Depois que enviar o texto, tenha paciência. Não vá ficar ligando todos os dias para o coitado do editor. Lembre-se que nessa hora é bom não parecer desesperado. Fama de chato também não ajuda. Eu, particularmente, acho esse o pior momento. Dá uma vontade danada de ligar sempre, de saber o que está acontecendo, se o texto está sendo bem avaliado, etc. Mas vai por mim. Não ligue e nem encha a caixa de e-mails do cara.
15) Após 6 meses do envio, aí sim, ligue para a editora. Peça para falar com alguém do editorial e pergunte que fim levou sua história. Seja simpático. É provável que você faça amigos aqui.
16) Prepare-se para ter seu texto negado diversas vezes. Poucos editores dão os motivos reais da negativa, mas alguns deixam escapar uma ou outra pista. Aprenda. Ouça o que dizem e, se for necessário, melhore o texto (e os próximos) nos pontos indicados.
17) Fechou um texto? Comemore! Mas saiba que não acabou por aqui.
18) Aguarde o contrato. Leia com atenção. Normalmente o autor leva 8-10% de capa, mas pode ser menos. Veja quantas cópias você tem direito e qual o prazo do contrato. Leia as letras miúdas. Lembre-se que a hora de conversar é agora. Depois não adianta mais. Recomende um ilustrador.
19) Quando o livro estiver pronto, marque o lançamento e chame os amigos. Os holofotes estarão em você. Esse é o momento pelo qual você tanto esperou. Parabéns!
3) Quando terminar de escrever, leia para si mesmo em voz alta. Corrija os erros que notar.
4) Faça uma revisão do texto. Utilize um corretor gramatical.
5) Deixe o texto "descansar" por uma semana ou mais. Releia depois. Faça as mudanças que achar necessário.
6) Peça para um ou mais amigos lerem e opinarem. Não vale a mãe, esposa, pai ou marido. Irmãos talvez sejam uma boa, já que vivem se implicando :-). Lembre-se: Aqui as críticas são mais importantes do que os elogios.
6) Peça para um ou mais amigos lerem e opinarem. Não vale a mãe, esposa, pai ou marido. Irmãos talvez sejam uma boa, já que vivem se implicando :-). Lembre-se: Aqui as críticas são mais importantes do que os elogios.
7) Não é necessário fazer as mudanças que te sugeriram. Mas tente absorver as primeiras críticas e mudar o que você achar interessante. Lembre-se que por mais que você ache seu texto incrível, é bem possível que ele não o seja. Eu já escrevi textos, cujo resultado adorei, mas hoje já não gosto mais. Isso é comum.
8) REGISTRE seus escritos na Biblioteca Nacional!
9) Inscreva o texto em algum concurso literário. Existem vários pelo Brasil afora. Mesmo que você não ganhe, vale a experiência. Participe do Desafio dos Escritores. Entre em comunidades literárias no Orkut e Facebook. Sugiro a comunidade "Concursos Literários". Troque experiências.
10) Ao invés de mandar seu texto para a primeira editora que encontrar, pesquise antes. Visite os sites na internet. Veja os catálogos. Vá a uma livraria e faça uma lista. Não adianta enviar um texto infantil para quem não trabalha com infantis, não é? Descubra também quem recebe originais por e-mail e quem só recebe pelos correios. Pense na possibilidade de publicar em e-book.
11) Faça uma pequena sinopse do seu texto. Cite pontos positivos. Apresente-se.
12) Frequente feiras literárias, bienais, encontros de escritores. Mostre a cara. Faça amigos no meio.
13) Crie um formulário em Excel, ou outro, e preencha qual o texto que foi para qual editora em qual data. Mantenha um histórico do que foi enviado, para não correr o risco de mandar um texto recusado para o mesmo lugar.
8) REGISTRE seus escritos na Biblioteca Nacional!
9) Inscreva o texto em algum concurso literário. Existem vários pelo Brasil afora. Mesmo que você não ganhe, vale a experiência. Participe do Desafio dos Escritores. Entre em comunidades literárias no Orkut e Facebook. Sugiro a comunidade "Concursos Literários". Troque experiências.
10) Ao invés de mandar seu texto para a primeira editora que encontrar, pesquise antes. Visite os sites na internet. Veja os catálogos. Vá a uma livraria e faça uma lista. Não adianta enviar um texto infantil para quem não trabalha com infantis, não é? Descubra também quem recebe originais por e-mail e quem só recebe pelos correios. Pense na possibilidade de publicar em e-book.
11) Faça uma pequena sinopse do seu texto. Cite pontos positivos. Apresente-se.
12) Frequente feiras literárias, bienais, encontros de escritores. Mostre a cara. Faça amigos no meio.
13) Crie um formulário em Excel, ou outro, e preencha qual o texto que foi para qual editora em qual data. Mantenha um histórico do que foi enviado, para não correr o risco de mandar um texto recusado para o mesmo lugar.
14) Depois que enviar o texto, tenha paciência. Não vá ficar ligando todos os dias para o coitado do editor. Lembre-se que nessa hora é bom não parecer desesperado. Fama de chato também não ajuda. Eu, particularmente, acho esse o pior momento. Dá uma vontade danada de ligar sempre, de saber o que está acontecendo, se o texto está sendo bem avaliado, etc. Mas vai por mim. Não ligue e nem encha a caixa de e-mails do cara.
15) Após 6 meses do envio, aí sim, ligue para a editora. Peça para falar com alguém do editorial e pergunte que fim levou sua história. Seja simpático. É provável que você faça amigos aqui.
16) Prepare-se para ter seu texto negado diversas vezes. Poucos editores dão os motivos reais da negativa, mas alguns deixam escapar uma ou outra pista. Aprenda. Ouça o que dizem e, se for necessário, melhore o texto (e os próximos) nos pontos indicados.
17) Fechou um texto? Comemore! Mas saiba que não acabou por aqui.
18) Aguarde o contrato. Leia com atenção. Normalmente o autor leva 8-10% de capa, mas pode ser menos. Veja quantas cópias você tem direito e qual o prazo do contrato. Leia as letras miúdas. Lembre-se que a hora de conversar é agora. Depois não adianta mais. Recomende um ilustrador.
19) Quando o livro estiver pronto, marque o lançamento e chame os amigos. Os holofotes estarão em você. Esse é o momento pelo qual você tanto esperou. Parabéns!
20) O trabalho não acaba aqui. Agora começa a divulgação e venda do seu livro. Quanto mais o livro vender, mais você ganhará. Dê entrevistas. Anuncie em um blog literário. Tenha o seu blog. Coloque no Facebook, Twitter, e onde puder. Dê palestras em escolas. Cobre a editora para que ela o inscreva em programas de governo. E se você gostar de tudo isso, comece a bolar uma nova história e faça tudo de novo.
Claro que existe dezenas de outros detalhes no decorrer do processo, mas é mais ou menos isso aí. Se você não conseguir publicar em alguma editora, existe ainda a possibilidade de investir em self-publishing. É uma ideia que não pode ser totalmente descartada.
Claro que existe dezenas de outros detalhes no decorrer do processo, mas é mais ou menos isso aí. Se você não conseguir publicar em alguma editora, existe ainda a possibilidade de investir em self-publishing. É uma ideia que não pode ser totalmente descartada.
Eu amo o que faço. Adoro inventar histórias e contá-las aos meus filhos. No entanto, é bom alertar que a vida do escritor não é fácil. São noites mal dormidas, pouco tempo de lazer, muita revisão, longas esperas e algumas frustrações. O dinheiro é pouco, o que torna muito difícil ter a escrita literária como única ocupação. Mas uma coisa eu digo: A sensação de ter seu livro nas mãos, aquela história que nasceu e cresceu na sua cabeça, é uma das mais prazeirosas que eu conheço. Uma mistura de orgulho e satisfação pelo dever cumprido, sabe? Recomendo a todos!
Boa sorte!
Boa sorte!
Altamente recomendado! : ) Aventure-se. O caminho é árduo. O retorno é compensador. Mágico. Sem igual. Belíssima iniciativa, Alex! Que venham mais escritos e gente bonita! Beijocas.
ResponderExcluirAdorei Alex!! Muito bom e pertinente. Parabéns por partilhar seu conhecimento, este bem incomensurável e precioso. Obrigada pela generosidade de sempre.
ResponderExcluirMuito bom! o legal da coisa, não são as dicas (muito boas), nem a idéia em si! o legal, pra mim, é seu despojamento e sua humildade em dividir experiências! Vc é danado! Abraços,
ResponderExcluirJP
JPS - e pls, coloque aí meu blog - www.eramosum.blogspot.com
Li todas as dicas, Alex, e acredito que não faltou nada. Esta sua postagem é mais uma prova de sua generosidade, você praticamente deu o mapa do tesouro para o aventureiro. É um verdadeiro serviço de utilidade pública para o candidato a escritor.
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirMuito legal ver quem conseguiu subir a montanha compartilhar seus conhecimentos e dar dicas para futuros alpinistas!
ResponderExcluirALEXANDRE,
ResponderExcluirAS SUAS DICAS SÃO PERFEITAS. PASSEI POR TUDO ISSO, E TIVE A FELICIDADE DE TER ORIGINAIS APROVADOS PELA EDITORA RHJ. É MÁGICO TER EM MÃOS UM LIVRO QUE UM DIA FOI UMA IDEIA SOMENTE SUA.
VALEU!
LINDOMAR DA SILVA
Bacana, Lindomar! Parabéns! Somos colegas de editora!
ResponderExcluirOi Alexandre,
ResponderExcluirExcelentes as suas dicas!
Muitas já escutei da Ninfa Parreiras. Vc a conhece? Sou aluna dela e ao ler o seu artigo me transportei para muitas das conversas que já tivemos em sala.
Cheguei aqui através do link da RHJ e acabo de me tornar sou "seguidora".
Se tiver um tempo, passa lá na minha esquina!
Abraços,
Rachel Facó
http://esquinadoconto.blogspot.com
Oi Alexandre!
ResponderExcluirÉ verdade!!! Muito boa sua matéria! Minha parte preferida é deixar o "texto descansar"... e a outra é fazer o teste com os leitores!!!
Prazer em conhecê-lo!
Giulieny Matos
de Brasília
giulienymatos.blogspot.com
Oi, Rachel. Conheço a Ninfa. Excelente autora!
ResponderExcluirGiulieny, Tem texto meu que mudei completamente depois de "descansar" por algumas semanas. É difícil controlar a ansiedade e a vontade de sair distribuindo o texto assim que terminamos é enorme. Mas um pouco de paciência pode evitar muitas frustrações. Um abraço!
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirSei que meu comentário vem do futuro (risos), mas adorei as verdades que você falou, e o final foi realmente as palavras certas para aqueles que pensam em desistir e aqueles que nem querem começar por medo. Um livro terminado não tem explicação.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Don.
http://donskedar.blogspot.com.br
Perfeito!!!
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