Entrevista e matéria sobre o livro: O Rupestre
Arte rupestre inspira livro infantojuvenil brasileiro.
O Rupestre transforma desenhos das cavernas em minicontos.
15//03/2023
O especialista em literatura infantil e juvenil Alexandre de Castro Gomes apresenta, no livro O Rupestre (Ed. Globo) vários minicontos baseados em desenhos feitos há milhares de anos, encontrados no território que hoje chamamos de Brasil.
Em entrevista ao programa Arte Clube, Alexandre conta como foram as inspirações, as pesquisas e de que forma professores e pedagogos podem apresentar o livro aos alunos a partir de 8 anos. Ele propõe um jogo de interpretação de imagens.
“O Rupestre nasceu de uma imagem. Li em algum lugar que aquilo era o beijo mais antigo do mundo. Pelo menos, o registro de um beijo mais antigo do mundo. Afinal, uma imagem de mais de 12 mil anos. Ela está localizada na Serra da Capivara, no interior do Piauí. Fiquei pensando o porquê do registro. E aí minha imaginação voou longe. Mesmo em época inóspita, quando o homem precisava lutar contra a natureza, há um registro do amor. Aquelas pessoas, apesar das diferenças, viviam, de certa forma, coisas parecidas com a gente. E aí comecei a brincar com as imagens”, explica o autor.
Em seus livros, Alexandre Castro sempre inclui elementos brasileiros. Para escrever O Rupestre, ele mergulhou em uma pesquisa sobre as pinturas rupestres encontradas no território brasileiro.
Novas possibilidades:
O livro, com os minicontos e as ilustrações com reproduções das pinturas rupestres é uma boa ferramenta para os professores e pedagogos que atuam com crianças a partir de 8 anos. O leitor vai conhecer, como se fossem notícias de jornal, histórias que poderiam ter acontecido no espaço que hoje chamamos de Brasil, milhares de anos atrás.
Além disso, Alexandre Castro Gomes propõe um jogo, a partir das imagens que ilustram cada miniconto. O conjunto de imagens pode ir além da leitura ficcional feita por ele ao escrever o livro. A partir de uma proposta livre do professor, por exemplo, as leituras podem ser refeitas. E aí, bem, já é outra história.
“Ao propor a possibilidade desse jogo literário, espero que alunos e professores se divirtam e se sintam satisfeitos com o resultado. Com aprendizados de um lado e de outro”, comenta com entusiasmo.
Guatá / Fonte: Agência Brasil /Arte Clube