João estuda em uma escola particular que tem uma biblioteca que transborda cultura e conhecimento.
José estuda em uma escola pública com uma biblioteca de poucas histórias e repleta de vazios.
Quem estará melhor preparado para o futuro? É certo privar o aluno de escola pública da leitura?
É de uma obviedade ululante que não.
Essa conta está na mão do poder público. A lei 1244/2010 obriga todas as escolas a terem e a manterem bibliotecas com pelo menos um livro por aluno matriculado. Infelizmente estamos ainda longe disso.
2015 começou com uma série de notícias ruins para os brasileiros. Vários programas de compras de livros para as escolas públicas estão congelados. Essa semana tornou-se oficial que as compras de livros de literatura pelo Estado de São Paulo estão canceladas.
O corte foi radical. Segundo dizem, há ainda o risco de calote da pátria educadora das compras já contratadas.
A razão aponta que será mais difícil recomeçar do que manter algo que estava dando certo. A produção caiu. Profissionais competentes estão procurando outros empregos. Autores já procuram o mercado externo. Empresas tradicionais se esfacelam.
A crise é geral. Todos sabem. Mas no que diz respeito à cultura, ao invés de podarem as árvores, estão cortando as raízes.
Enquanto isso, uma geração de Josés terá de disputar vagas com os Joãos do começo do texto. Se é fato que a leitura aguça a curiosidade e desenvolve a criatividade, adivinhe quem sairá perdendo?
Bingo!
Devemos todos fazer um apelo para a volta imediata das compras de livros de literatura para as escolas.
Vamos equilibrar a balança da educação!
#MEC #CBL #Educação #AEILIJ
Mais informações na matéria "Os cortes chegam à literatura", de Graça Ramos.
http://oglobo.globo.com/blogs/graca-ramos/posts/2015/06/16/os-cortes-chegam-literatura-568230.asp
http://oglobo.globo.com/blogs/graca-ramos/posts/2015/06/16/os-cortes-chegam-literatura-568230.asp