sexta-feira, 26 de março de 2021

sexta-feira, 19 de março de 2021

Aula no curso de Licenciatura em Letras da UERJ

Hoje foi dia da minha aula "Monstros na Literatura Infantil e Juvenil brasileira do século XX" para os mais de 30 alunos da Turma 1 da disciplina de Literatura Infantil e Juvenil Brasileira, do curso de Licenciatura em Letras da UERJ.

Falei um pouco sobre a história da nossa LIJ, do maravilhoso e dos monstros que moravam nos primeiros livros de LIJ brasileiros, sobre o abrasileiramento dos contos europeus e sobre o uso do folclore por Lobato e outros autores. 

É muito gostoso lecionar falando sobre aquilo que a gente gosta e pesquisa. Adorei a nossa manhã. 

Agradeço às professoras Angélica Castilho, que me acolheu, e Regina Michelli, minha orientadora na UERJ, que me indicou.



FIL 2021

Está chegando o FIL 2021!

O 18º FESTIVAL INTERNACIONAL INTERCÂMBIO DE LINGUAGENS começa amanhã e segue até o dia 28 de março. O evento, capitaneado pela queridíssima Karen Acioly, terá espetáculos, historietas musicadas e encontros de saberes imperdíveis. Tudo gratuito. Tudo lindo.

No site do evento tem ainda exposições virtuais, entrevistas e um monte de coisa bacana. Dê um pulo lá!

Segue abaixo uma pequena e ultra rápida entrevista minha. Participarei também da mesa "Monstros, medos e outras criaturas", no dia 26 de março, junto com Regina Michelli, pós-doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela USP, Felipe Campos, mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UERJ, e Luisa B., mestranda em Letras Vernáculas - Literatura Brasileira pela UFRJ.

Entrevista: Alex Gomes nos conta sobre a sua trajetória na literatura
https://www.fil.art.br/post/alex-gomes-conta-sobre-a-sua-trajet%C3%B3ria-na-literatura?fbclid=IwAR3-XJMraZEDAKaEuuRUQKyckH-Iio6pFSJn-NT7gTmiNHP-lJLH0NcXzl8



quarta-feira, 17 de março de 2021

Conversa com um leitor


- Oi, tudo bem?

- Tudo. E com você?

- Tudo bem também. A professora me pediu para eu pesquisar os seus livros. Você pode me ajudar?

- Posso sim. O que você precisa?

- Quais são os seus livros mais bons?

- Como assim?

- Os mais diferentões, sabe? Os que te fizeram ser um escritor famosão.

- Bem, eu não acho que sou isso aí. Nem quero. Prefiro que os livros sejam “famosos”, não eu. 🙂

- E os livros?

- Bem, não sei bem o que você acha que é diferente. Qual dos meus livros você conhece?

- A nossa turma leu “Quem matou o Saci?”. Eu gostei muito. Gosto de histórias de mistérios.

- Então podemos começar daí. Lancei recentemente o “Procura-se o Curupira”, que segue a linha do “Quem matou o Saci?”. Ambos relatam um crime ocorrido entre as criaturas do folclore e a investigação policial que se segue a esse crime. Se gostou do primeiro, vai gostar do segundo. A mesma linha de texto policial, com os mesmos detetives. Ambos são ilustrados pela Cris Alhadeff e publicados pela Escarlate.

- Anotei. Tem mais? 

- Tenho vários. “Folclore de chuteiras” (Peirópolis) é sobre uma partida de futebol entre o time brasileiro de criaturas contra um combinado de monstros mundiais. Todo o texto é uma locução esportiva, como se fosse ouvido no rádio. 

- O que é Peirópolis?

- É o nome da editora. Tem o “A bola ou a menina” (Melhoramentos), que pode ser lido de frente para trás ou de trás para frente; “Os 12 trabalhos de Severino” (SESI-SP), uma adaptação dos 12 trabalhos de Hércules para o folclore nacional; “AMONCA – Associação de Monstros Caseiros” (Biruta), que trata de uma reunião de monstros que buscam formas de fazer as crianças acreditarem neles de novo; “O livro que lê gente” (Cortez), que fala sobre um livro que mora na prateleira mais alta de uma biblioteca e que aprende a ler as pessoas que frequentam o local, invertendo os papeis de leitor e leitura; “Robóticos” (Rovelle), que conta sobre um futuro hipotético onde os robôs trabalham no lugar das pessoas e elas acabam morrendo de tédio; “Origens” (Editora do Brasil), que conta, de forma lúdica, a saga de 5 famílias diferentes, cada uma de uma parte do mundo; “Bichos de sombras” (Estrela Cultural), que brinca com trovas, adivinhas e ensina a fazer diversas sombras de animais na parede; “Motim das Letras“ (Globinho), que fala sobre um motim em um navio onde os piratas são as letras do alfabeto; “Aniversário no cemitério” (Zit), com fotos de cemitérios de verdade; “Deu limerique na casa do bicho” (Cortez), onde brinco com limeriques e plantas baixas (tipo mapinhas) das casas de bichos; A série “Condomínio dos Monstros” (RHJ), três livros com histórias diferentes sobre o mesmo prédio onde vivem monstros bem conhecidos... Precisa de mais ou já está bom?

- Tá bom já. Tem um monte aí. Vou separar alguns para o meu amigo fazer o dever dele também. Obrigado!

- Fico feliz em poder ajudar. Qual o seu nome? O nome da sua escola? 

- Eu não posso dizer, senão a professora vai saber que eu te pedi as respostas e não pesquisei. Tchau!

- Não se preocupe com isso. Ela vai ficar feliz de saber que sua pesquisa envolveu uma entrevista com o autor. Isso não é colar. Fique tranquilo.

...

- Você ainda está aí?

...

- Se precisar de mais alguma coisa, é só pedir. Um abraço, meu amiguinho sem nome!

*Fiz algumas pequenas correções no texto da criança.

** Ela entrou em contato através da minha página profissional do Facebook. Identificou-se como um nome de Pokemon (ou de outro desenho do tipo). Não consegui saber de mais nada.




segunda-feira, 8 de março de 2021

Pós-Graduação em Leitura e Produção Textual

Fui convidado para lecionar na Pós-Graduação em Leitura e Produção Textual da Educamais, coordenada pelas professoras Cintia Barreto e Georgina Martins. Minha disciplina será de Escrita Criativa. Ganhe seu título de Especialista em um curso de pós de cerca de um ano de duração, e aprenda com professores experientes e de alto nível acadêmico.

Quanto mais rápido enchermos a turma, mais rápido começaremos. Junte-se a nós!



quinta-feira, 4 de março de 2021

Revista Recreio

Dessa vez a coleção é da primeira fase da Revista Recreio (1969-1982). A revista foi relançada em 2000, mas já não era mais baseada em textos literários. 

Foi uma revista que levou a literatura para todos os cantos do país e lançou nomes como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Joel Rufino dos Santos e outros craques da LIJ.

Tenho as da foto e mais 9 encadernadas em um volume, que comprei em um sebo.



quarta-feira, 3 de março de 2021

Revista Alegria e Companhia

 Minha pequena coleção da revista Alegria e Companhia, da Editora Abril.

Para quem não sabe, a Alegria e Companhia (1983-1991) era uma revista de passatempos baseados em textos literários que sucedeu a primeira fase da Recreio (1969-1982). Ambas traziam histórias de autores hoje consagrados, a diferença é que enquanto todas as atividades da Recreio giravam em torno de uma ou duas histórias em prosa, a Alegria e Cia. apresentava uma história principal e um mix de poemas, quadrinhos e pequenas informações. Muitas das histórias, tanto da Recreio quanto da Alegria e Cia., depois viraram livros. O diretor editorial da segunda revista era o mesmo Waldyr Igayara que criou a Recreio com a Sonia Robatto.

Entre os autores presentes nas oito revistas da imagem em anexo estão Stella Carr, Walter Ono, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Sonia Salerno Forjaz, Pedro Bandeira, Edgard Romanelli, Luiz Antonio Aguiar, Cristina Porto, Roseana Murray,  Leo Cunha e Sylvia Orthof.




Wilson W. Rodrigues

Hoje chegou "Contos dos caminhos" (autografado!), o livro dois da série Contos de Wilson, lançada pelo autor e poeta baiano nos anos 50. São histórias muito legais criadas inteiramente pela imaginação desse baiano porreta. Há aqui textos com elementos do folclore, fábulas com animais, contos de reis e princesas, bruxas, dragões, gigantes... 

Descobri esse autor durante as minhas pesquisas e gostei muito. Tem histórias aí que mereciam ser mais conhecidas.

O primeiro livro do Wilson Woodrow Rodrigues que conheci foi o "Lendas do Brasil", onde ele conta uma lenda de cada estado/território da Federação, influenciado pelo folclorista Joaquim Ribeiro. Muito bacana!

"Wilson Rodrigues, condicionado aos imperativos da época, da atualidade literária e do meio em que vive, pode ser desse modo considerado o Mistral brasileiro" (Lindolfo Gomes)