Amigos professores, o Guia Digital do PNLD Literário já está disponível.
Para a categoria 5, você poderá escolher 50 títulos para o acervo da biblioteca e dois para cada aluno (dentre os 180 oferecidos para o 4º e 5º anos).
O prazo para registro da escolha do PNLD Literário será do dia 18/10/2018 ao dia 31/10/2018.
Entre em pnld.nees.com.br/pnld_2018_literario e busque por Alexandre de Castro Gomes em "Ensino Fundamental".
Os dois livros indicados na imagem ("O livro que lê gente" e "Quem matou o Saci?") foram premiados pela Cátedra da UNESCO/PUC-RJ.
Resenhas:
"O livro que lê gente", de Alexandre de Castro Gomes (texto) e Cris Alhadeff (ilustrações), tem como cenário uma biblioteca pública e narra a história de um livro que aprende a ler as pessoas. Do alto de sua prateleira, um exemplar raro de Pinóquio passa a decifrar o comportamento dos frequentadores dessa biblioteca. Os textos verbal e visual interagem muito bem para narrar essa curiosa inversão de papéis entre livro e leitor. O projeto gráfico-editorial mostra-se criativo e funcional. A obra está adequada à categoria indicada e encontra correspondência com o tema apresentado pela editora. O conto apresenta um diálogo entre livros, por meio do qual um aprende com o outro a ler pessoas. A narrativa é criativa e foge do previsível, sem intenção de explicar o que é e como se comportar em uma biblioteca, nem endossar diretamente a importância dos livros. Assim, a obra tem potencial para atrair os leitores, pois apresenta um cenário de fantasia e ao mesmo tempo o relaciona com personagens humanos que são parecidos com pessoas do cotidiano. Trata-se de uma obra literária sem erros crassos e isenta de preconceitos ou moralismos. Os paratextos apresentados contextualizam brevemente a obra e seus autores. O texto verbal apresenta figuras de linguagem e estimula o imaginário, entre outros, por meio da personificação de livros em uma biblioteca pública, inovando, portanto, na sua construção estética. Pode-se perceber a qualidade literária também no uso de figuras de linguagem, o que contribui para a formação do público leitor. O texto visual contém imagens que estimulam a imaginação. O cenário construído com a interação entre os textos verbal e visual favorece a elaboração de múltiplos sentidos sobre o que é contado, o que pode enriquecer o repertório do público ao qual se destina. Temas como amizade e apoio mútuo são tratados, também, de forma instigante e leve, trazendo elementos que convidam a estabelecer relações e expandir a imaginação. Não há visões simplificadoras, superficiais e homogeneizantes na obra, ao contrário, há possibilidades de confrontar diferentes perspectivas ou visões de mundo. O livro cria situações que exploram o imaginário das crianças por meio de ilustrações que combinam de maneira criativa os recursos visuais, com cores vivas, volume, proporção e enquadramento das imagens, o que contribui para a experiência estética e literária do público do Ensino Fundamental.
"Quem matou o Saci?", escrito por Alexandre de Castro Gomes e ilustrado por Cris Alhadeff, enquadra-se no gênero literário novela policial, cuja narrativa relaciona vários personagens do folclore brasileiro, mais propriamente das histórias orais que envolvem os seres míticos ou folclóricos, evidenciando suas principais características e as possibilidades de estarem envolvidos no crime. A organização da narrativa, com o apoio das ilustrações e do projeto gráfico editorial, insere o leitor em contexto de investigação policial. Para cada suspeito, uma ficha policial é oferecida, sugerindo uma mistura de ficção e realidade que gira em torno da tentativa de encontrar o suposto assassino do Saci Pereira, que morreu em sua própria festa. Destaca-se o emprego de expressões que simulam jargões de detetives em casos policiais. O uso irônico de clichês potencializa a dinâmica da linguagem, favorecendo o jogo de palavras. A exploração de aspectos geográficos das quatro regiões do país, a partir de elementos do folclore próprios a cada uma delas, recupera aspectos da cultura oral, a saber: Saci da Região Sul, Boto da Região Norte, Caipora da Região Norte e Sul. Por outro lado, a diagramação do livro e o espaçamento e tamanho da fonte promove uma leveza de leitura, além da ilustração que abre cada capítulo com a personagem que nele será destaque. O texto visual coloca o leitor frente ao material usado em uma delegacia de polícia. As fichas criminais estão em pastas e são documentos com marcadores como clipes, blocos de notas e até mesmo carimbos.
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