Puxa vida!
Domingão com a família. Tudo gostoso e coisa e tal e de repente um aborrecimento.
Agora lá venho eu colocar palavras nesse desabafo para esclarecer o óbvio.
Como todos sabem, sou presidente da AEILIJ. Não é um sindicato. É uma associação de autores de literatura infantil e juvenil sem alinhamento político partidário.
Ninguém é obrigado a estar nela ou a fazer parte dela. Existe uma anuidade que deveria ser paga por todos, mas muitos não pagam.
Não pagam e reclamam que não são chamados para os eventos. Não pagam e reclamam que a AEILIJ não tem dinheiro para pagar autores em eventos promovidos pela associação.
Não custa lembrar que ninguém é obrigado a doar seu tempo ou a participar de nada gratuitamente.
Bem, eu e a diretoria dessa associação trabalhamos duro em prol do livro e da leitura. Fazemos exposições, criamos livros, catálogos, blog, site, páginas em redes sociais e o escambau.
Por diversas vezes fomos chamados para conversar com o MinC, sobre alterações na lei de direitos autorais e indicações para prêmios relevantes.
Formamos parcerias com a FNLIJ, o SESI, a LER, a Câmara Rio Grandense e outras instituições importantes e necessárias.
Buscamos, nesses tempos de mercado parado e dinheiro sumido, oportunidades para aumentar o caixa e beneficiar associados. Inscrevemos projetos em editais. Um deles entrou, mas a nova Prefeitura do Rio decidiu não pagar o Fomento. Eu e a diretoria continuamos trabalhando para beneficiar o coletivo, em nosso tempo livre e não remunerado, e em breve esperamos ter boas notícias para aqueles que estão em dia com a anuidade.
Fazemos ações solidárias. (De novo, ninguém é obrigado a participar dessas ações!) Uma delas foi com a Prefeitura do Rio, que nos permitiu levar 30 autores às escolas públicas municipais para conversar com as crianças. Foi lindo e emocionante, mas fui muito criticado por isso. Disseram que eu não deveria fazer nada de graça para a Prefeitura. Bem, não obriguei ninguém a ser solidário. E a Blitz mostrou a força da Associação e nossa capacidade de mobilização.
Nesses dois anos em que sou presidente, a AEILIJ montou 15 mesas de conversas literárias. Participaram 50 pessoas diferentes, entre autores, editores e convidados. Buscamos diversificar e dar palco para o máximo de gente possível. E, embora já tenha chegado aos meus ouvidos que meu interesse é me auto-promover, só participei de UM encontro destes. Isso porque foi um convite pessoal da EDEM.
Eu sei que existe fofoca. Sei que existe veneno e mentiras. Sei que há invejas em diferentes doses.
Sabia que isso aconteceria, mas ainda assim me candidatei à presidência da AEILIJ.
Sabe por quê? Porque acredito na associação. Acredito nas pessoas que se doam em nome de uma causa importante. Sinto que precisava dar a minha contribuição e tenho certeza que a minha diretoria deixou uma marca positiva.
Não arrefecemos. Não nos deixamos abater por pessoas que não fazem a diferença.
A AEILIJ é uma oportunidade para todos. Haverá sempre espaço para quem queira apresentar projetos e trabalhar conosco.
Basta se comprometer.
Viva a LIJ!
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