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05/06/2014 | Editora Peirópolis |
Editora Peirópolis lança ‘Folclore de Chuteiras’ |
As mais fantásticas feras do futebol brasileiro entram em campo para uma partida nada convencional. A seleção auriverde enfrenta um time de craques sobrenaturais do resto do mundo.
A Editora Peirópolis lança, este mês, o livro “Folclore de Chuteiras”, escrito pelo carioca Alexandre de Castro Gomes, em parceria com o ilustrador e artista plástico Visca. A publicação narra uma instigante partida de futebol.
De um lado, a seleção brasileira com Mapinguari no gol; Mula sem Cabeça na lateral direita; Curupira na lateral esquerda; Cabra-Cabriola e Capelobo na zaga; Lobisomem (naturalizado brasileiro) Negrinho do Pastoreio; Boitatá e Saci-Pererê no meio de campo, e Cabeça de Cuia e Romãozinho na frente. Do outro lado, um combinado do resto do mundo com craques sobrenaturais como a Múmia, Gárgula, Frankenstein, Ieti, Ciclope, Vampiro, Zumbi, Pé Grande e outros. O leitor conhecerá o que essas criaturas fantásticas realizam dentro de campo como os dribles, as jogadas perigosas e os tão esperados gols. O jogo é narrado pelo locutor Carlos Cosme, que conta com o apoio do comentarista e dos repórteres de campo.
Segundo o autor, o conceito do livro é apresentar a riqueza do folclore brasileiro e mostrar que o Brasil tem um “time forte” de criaturas lendárias. O País tem a própria mitologia e, são muitos os personagens, como o Mapinguari, o Corpo Seco, a Pisadeira, o Cabeça de Cuia, não somente os mais conhecidos como o Saci e Boitatá. “A ideia surgiu há muitos anos. Depois de uma semana do folclore na escola dos meus filhos, iniciamos um papo sobre a origem do Lobisomem. Perguntaram-me por que o Lobisomem é do folclore brasileiro e o vampiro não. Falei sobre o Corpo Seco, nosso “vampiro” brazuca. Expliquei que as lendas brasileiras podem ter origem europeia, indígena e africana. Às vezes, até uma mistura das três, como é o caso do Saci, o negrinho africano que protege as matas dos índios e tem magia e capuz, como o duende europeu. Uma mistura tipicamente brasileira. Daí foi fazer a escalação do que era nosso e do que é de fora. E claro, terminou
Alexandre diz que antes mesmo de chegar às livrarias, o livro já passou por críticos severos. “Meus maiores críticos são meus filhos! Sempre apresento meus textos a eles primeiro. Eles são exigentes e não é porque sou o pai que vão me dar mole. Se não estiver bom para eles, posso repensar toda a história”, finaliza.
E para dar vida e cores às personagens, foi escalado o ilustrador Visca, que utilizou uma grande variedade de técnicas, materiais e suportes, que inclui colagem, aquarela, grafite, lápis de cor, nanquim, photoshop, fotografia, e até esculturas como no caso das bolas de barbante, esparadrapos e algodão. Para Visca, o maior desafio foi na caracterização das personagens, visto a riqueza folclórica e o imaginário popular que essas figuras carregam. Foi preciso uma pesquisa rica para transportar as personagens do universo pessoal para a construção da narrativa visual. Outro ponto importante foi a questão do texto em forma de locução, por se tratar de um texto sonoro, que tem a capacidade de nos levar a outro mundo e a outras referências. É o símbolo e o significado do rádio para o futebol, o próprio ruído do rádio, o contexto histórico do objeto rádio no futebol, foram essenciais para a construção do livro.
“Vejo o universo da criança e o desprendimento que esse público tem em relação ao "novo" como uma coisa incrível, sem barreiras e preconceitos, que os adultos adquirem com o tempo. Eles são super abertos às novidades, então como artista, é um desafio gigante. Não vejo esse trabalho diferente de outros projetos, às vezes é um desafio muito maior que um trabalho “adulto" pelo universo infinitamente mais rico que temos que mergulhar. Tenho gostado muito e quero fazer cada vez mais livros infantis. Foi muito legal na verdade e acredito que a questão do "rádio", do locutor, com a questão das figuras do folclore, que carregam muita informação, foram duas narrativas diferentes criadas, dois caminhos que segui para esses desenhos. Gostei bastante de pensar e de trabalhar o livro desta forma”, afirma o ilustrador.
Diferente, “Folclore de Chuteiras” traz a personalidade do folclore brasileiro com uma pitada de diversão. No livro, os leitores ainda encontram uma espécie de “cards” com imagens dos jogadores – criaturas lendárias encantadoras – para conhecer um pouco mais sobre a história de cada um deles.
ALEXANDRE DE CASTRO GOMES:
Formado em Direito, Alexandre Gomes apaixonou-se pela literatura infantojuvenil. Em 2008, lançou seu primeiro livro, “O Julgamento do Chocolate”, e criou um site para escritores iniciantes. Hoje atua como coordenador de comunicação digital na Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ). Alexandre, além de escrever, viaja pelo Brasil, dando palestras e oficinas. Conheça mais no blog http://alexandredecastrogomes.blogspot.com.br/
VISCA:
O ilustrador e artista plástico Rodrigo Visca vive e trabalha na cidade de São Paulo. Desde 2003, atua como artista visual e é colaborador do jornal Folha de São Paulo, com trabalhos publicados nas principais revistas e veículos de comunicação do Brasil e em publicações internacionais. Já desenhou para jornais, revistas, livros, encartes de CD, camisetas, bem como, cerâmica, tela, vidro, muro, plástico e parede, mas foi a primeira vez que recebeu um convite para criar tantos seres lendários como estes. Conheça seu trabalho no site www.viscafactory.com <http://www.viscafactory.com/>
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