Todo final de ano, desde 2012, faço um mural dos momentos que foram importantes para o meu trabalho naquele período. É difícil selecionar 19 imagens, porque acabo deixando de fora alguns eventos que foram tão significativos quanto. De qualquer forma, tento, nesse apanhado, resumir os esforços para que eu mesmo possa lembrar dessa jornada depois.
Essa é a minha retrospectiva 2021:
Como em 2020, foi um ano de reclusão, de atividades online. O único momento presencial foi o lançamento de "Literatura Infantil e Juvenil: aprendizagem e criação" (Semente Editorial) na Primavera dos Livros, agora no final do ano. Foi muito bom ver amigos que já não via a mais de 500 dias. Entre os eventos de presença virtual que separei estão o FIL, organizado pela amiga Karen Acioly, a Bienal Mineira do Livro, que participei com a ilustradora Sandra Lavandeira, o lançamento do selo Saberes e Letras, da Paulinas, encontros com escolas ao lado da Cris Alhadeff, chats diversos, como o que tive com a escritora e professora Georgina Martins, e o Novidades e Desafios na Literatura Juvenil, com meu parceiro Luiz Antonio Aguiar e mais nove autores talentosos.
Foi um ano de muitos estudos também. De um lado, consegui concluir o meu Mestrado, realizando a defesa da minha dissertação "A configuração dos monstros na literatura infantil e juvenil brasileira do século XX", cuja publicação foi publicamente recomendada pela banca, formada pelos doutores Regina Michelli, Flávio Carneiro e Beatriz Feres, todos muito queridos. Agora é correr atrás de editora interessada. De outro lado, lecionei para mais uma turma de pós-graduação organizada pela professora guerreira Cintia Barreto. Como sempre, foi ótimo! Sempre aprendo muito com os alunos.
Em 2021, tomei duas doses da vacina, aumentei a minha biblioteca de livros antigos e raros de LIJ (consegui o "Histórias de fadas" do Figueiredo Pimentel, de 1898!) e lancei nada menos do que 9 livros novos. Era para ser 10, mas o último só saiu no catálogo da editora, não foi impresso, por isso não conto. Além do livro da Semente que mencionei acima, vieram também duas parcerias lindas com o meu chapa Jean-Claude Alphen, que são "É porco?" (Globinho) e "Do que os monstros gostam?" (Cortez - esse através do saudoso Amir Piedade); A minha parceria em um livro de super-heróis com o escritor Luiz Antonio Aguiar, nascida em uma partida de futebol, quando Portugal venceu a Argentina nas Olimpíadas, "A Liga dos Heróis Inúteis" (FTD); um livro fantasmagórico com o Rafa Antón pela competente editora Elo, "Minha fantasma e eu"; dois livros digitais pela Galerinha, cada um com um filho ilustrando, "Cadê a cor do bicho?" (com a Nina) e "Quem se sente diferente?" (com o Guigo); e, finalmente, dois livros com minha partner conjugal, dona do meu coração, Cris Alhadeff, "Procura-se o Curupira" (Escarlate) e "O livro das palavras grandes e dos desenhos pequenos" (Saberes e Letras).
Ufa! Até que não foi pouco, né?
Não mencionei os livros selecionados para compras de governos, mas teve também, para a alegria da minha conta minguada. E assim a luta continua. Que no ano que vem, as viagens e eventos possam retornar. Que os encontros voltem a ser presenciais e felizes. Que o vírus maldito seja preso e não se reeleja e que o Covid desapareça.
Que venha 2022! Um bom Ano Novo para todos!