sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cris Alhadeff

Não sei se todos sabem, mas a Cris Alhadeff (http://www.crisalhadeff.com/) e eu somos casados e temos um casal de filhos. Desde o começo do namoro eu fiquei alucinado pelos seus desenhos. Tenho um amigo que brincou e disse que eu tinha que trancá-la em um quarto e recolher suas ilustrações para colocar em convites, cartões, capas de cadernos, papelaria, livros, etc.

Eu pensei em começar a escrever para crianças depois que a Cris me apresentou o livro infantil que um amigo dela fez. Logo imaginei ela ilustrando para a garotada. Quando vimos uma matéria na TV que mostrava um casal fazendo justamente isso, ela escrevia e ele ilustrava, resolvemos embarcar na ideia.

Cris Alhadeff sempre gostou de desenhar e trabalhar com arte. Cursou arquitetura na FAU-UFRJ e se formou em Desenho Industrial na Escola de Belas Artes.
De lá para cá já trilhou caminhos dos mais diversos, entre os quais desenvolvimento e produção de projetos de sinalização, construção de mock-ups, computação gráfica, design e desenvolvimento de CD-Roms, design sustentável, assessoria de comunicação e marketing (sempre na área visual), programação visual, desenvolvimento de ilustrações e vinhetas, e last but not least, webdesign.
Em 1997 participou do concurso nacional para o redesenho da nova moeda do Real, quando se classificou entre os vinte melhores projetos do Brasil à frente de várias grandes empresas de design.
Desde 1999 já criou sites, logos, identidades visuais, ilustrações e personagens para clientes do meio artístico e empresas no Brasil, Estados Unidos e Grécia.
Atualmente suas ilustrações podem ser vistas em livros, camisetas, carteiras e nos sites eraumavez.com.br e crisalhadeff.com.

Nosso primeiro livro juntos foi o "Condomínio dos Monstros", publicado pela RHJ em 2010. O trabalho da Cris, todo feito com lápis de cor, ficou muito maneiro. Seus personagens tem um traço meio punk e ao mesmo tempo são adoráveis. O capricho que ela tem com os detalhes só enriquece o resultado final. Adorei acompanhar com meus filhos cada detalhe do processo, desde o rascunho com os estudos de personagens até o trabalho finalizado. Tenho certeza de que grande parte do sucesso desse livro se deve ao seu talento e dedicação. E podem estar certos que não sou o único a achar isso. Desde o lançamento do Condomínio, em maio desse ano, até agora, quatro outros livros que levam sua assinatura já estão prontos.

Cris, adorei. Quero mais!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cláudio Martins

Meu segundo livro, "Viagem Espacial Interativa", de 2009, foi ilustrado pelo Cláudio Martins. Assim que a editora sugeriu o nome, aceitei sem pensar duas vezes. Afinal era o Cláudio Martins. Quando contei aos meus filhos quem seria o ilustrador, eles nem acreditaram. Na época (maior coincidência) a escola do mais velho estava dando a coleção Casa Amarela, ilustrada pelo Cláudio, e o menino estava amarradão nos livros. Quando soube quem daria cor ao meu texto, tratou de contar a todos os amigos.

Cláudio Martins nasceu em Juiz de Fora (MG). Formado em Desenho Industrial, escreveu por volta de 40 livros, ilustrou cerca de trezentos e criou de mais de mil capas de livros para diversas editoras. Entre seus prêmios estão:
Selecionado para o Prêmio Catalunia de Ilustração, na Espanha (1989); Participação na lista de Honra do IBBY (International Board on Books for Young Peoples), Suíça (1990); Prêmio Octogone – Literatura de Transgressão, Paris; Prêmio Jabuti (ilustração 1991 e 1992); Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Melhor Livro para Crianças e Autor Revelação – com o livro "Eu e minha Luneta"; Prêmio Adolfo Aizem de Ilustração. Participação em feiras de livros, de 1994 a 2000: Catalunia – Espanha; Frankfurt – Alemanha; Bolonha – Itália; Gotemburgo – Suécia; Quito – Equador, e Bratislavia – Eslováquia.

As ilustrações do Cláudio para o "Viagem Espacial Interativa" ficaram muito legais. Seu menino de cabelo azul e os peixes são quase uma marca registrada do ilustrador. O cara também é muito simpático. Logo que nosso livro ficou pronto, mandei-lhe um e-mail agradecendo pelo trabalho. Ele respondeu:

"Olá, Alexandre!
Muito grato pelos elogios.
Seu livro é muito bom, ótimo para ilustrar!
Quem me dera fossem todos assim...
O trabalho da Cris é ótimo!
Parabéns para a família!"

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Conceição Bicalho

Eu gostaria de falar um pouco sobre os ilustradores que participaram dos meus livros. Vou começar com a Conceição, que conheci em Belo Horizonte por ocasião do lançamento de "O Julgamento do Chocolate" em junho de 2008.

O livro do chocolate foi minha estreia na literatura infantil. Assim que a RHJ me ligou para fechar a publicação do texto, meu editor perguntou se eu teria alguém para ilustrá-lo. Claro que pensei na Cris, mas ela estava com trabalho até o pescoço. Me disseram então que tinham uma pessoa que certamente me agradaria. Essa pessoa era a Conceição Bicalho.

Segue um resuminho sobre ela: Conceição Bicalho é artista plástica, desenhista e ilustradora, com incursões em cenografia, desenho animado, escultura, entre outras atividades. Para ela, além das aulas, desenhar e escrever fazem parte das melhores escolhas em sua vida. Professora do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes da UFMG, participou de vários salões de artes visuais e ganhou prêmios de destaque. Pela RHJ ilustrou O julgamento do chocolate, um texto de Alexandre de Castro Gomes, e Petro bom de bola, da autora angolana Luísa Coelho.

O trabalho da Conceição ficou ótimo. As ilustrações, feitas em homenagem ao ilustrador Honoré Daumier, foram desenvolvidas em pastel a óleo e lápis aquarelado sobre papel canson francês (mi-tentes). O seu Chocolate acabou virando um simpático boneco em tamanho natural criado pelos alunos da Escola Municipal Randolfo José da Rocha, de Contagem. Ah! Para quem não sabe, ela me prestou uma homenagem e me colocou dentro do livro. Apareço duas vezes lá.

Uma coisa que a Conceição nem deve saber é o quanto eu estava nervoso no dia do lançamento do livro. Lá estava ela com a criançada, contando histórias, criando um clima e eu só preocupado em assinar os livros quietinho. Isso até o momento em que ela me passou o microfone (putz!) e disse: "Agora o Alexandre vai falar alguma coisa". Por causa de minha não aparente timidez (mas eu juro que ela existe) falei rapidinho. Os tímidos tendem a falar muito rápido.

Conceição, adorei trabalhar com você. Um beijo!

domingo, 1 de agosto de 2010

Momento gringo

Tchoo! Tchoo! Cried the literature train, torturing the turtles in my brain.

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